A Amana nasceu de uma luz em meio à escuridão. Foi durante o puerpério da minha primeira filha, Maria Filipa, enquanto eu atravessava uma depressão pós-parto, que surgiu em mim o desejo de criar algo com as mãos. Em meio às noites em claro e às inseguranças de uma mãe de primeira viagem, comecei a produzir velas como uma forma de autocuidado — um tempo só meu, que fosse ao mesmo tempo relaxante e criativo. Sempre fui criativa, e encontrei nas velas um caminho para expressar isso.

Algum tempo depois, dei à luz ao meu segundo filho, Caetano Francisco, e mais uma vez enfrentei a depressão pós-parto. Novamente, minhas velas estiveram comigo. O trabalho manual me deu chão. Criar com as mãos, com calma, com intenção, é algo que me transformou — e que me conecta profundamente com o valor da arte e dos artesãos, que admiro com todo o coração. Não raro quando fotografo minhas velas, penso comigo: "Meu Deus, sou uma artista!". E eu acho que só podemos ser salvos pela arte mesmo. Olhe para a minha história, foi a arte que me salvou da minha própria sombra.

O tempo passou e meu pequeno já completou 1 ano. Quando olho para trás, vejo o quanto eu e a Amana amadurecemos. Já vendi centenas de velas, criei coleções autorais, estudei muito, viajei para a Europa em busca de referências e insumos, experimentei técnicas, errei, acertei — e aprendi a confiar cada vez mais na minha intuição criativa.

Em 2023, estive no Pantanal e na Amazônia, experiências que me marcaram profundamente. Ainda carrego comigo a estética da floresta, sua potência, sua sutileza. Em Tupi, Amana quer dizer "chuva" ou "circundar". No nosso dicionário afetivo, é uma palavra derivada de "manar" — verter eternamente, correr com abundância, fluir, brotar.

Esse é o coração da marca. Que cada vela leve consigo um pouco desse movimento: que transforme o lar que a acolhe, levando inspiração, conforto, contemplação e, é claro, muita luz!

 

Sophia Winkel

13 99737-3230

@amanavelas